quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Lasser les bons temps rouler


Quando era miúda, sempre que ia a Casa dos Avós do meu Pai tinha a sensação de estar num conto de fadas. As escadas de madeira estreitas, o papel de parede desmaiado, o eco do bater pausado do relógio da sala, os panos de cozinha bordados. Ali, naquela casinha ordenada, onde tudo parecia cheirar a lavanda, não havia tempo para pressas. Tenho a impressão que, naquela Casa, havia sempre tempo para tomar chá, para conversar e aconselhar, para falar e para ouvir. Aquela era uma Casa especial habitada por Gente de outros tempos. Gente para quem ser generoso era mais do que ser solidário, era ser caridoso. Gente para quem ter mérito era mais do que ter dinheiro, era ter fortuna. Aquela Casa era cor-de-rosa, como os sonhos, e aquela vida, mesmo não sendo de sonho, era uma vida feita de paninhos de renda, biscoitinhos de manteiga e ladrilhos de marmelada. Curiosamente, aquela Casa de conto de fadas será, dentro de uma semana, o meu novo local de trabalho. Não terá escadas de madeira, nem toalhas de linho, nem bolinhos de manteiga. Mas, como eu também sou feita da mesma farinha daquela Gente, espero ter nesta Casa sempre tempo para conversar e aconselhar, para ouvir e para falar. Espero que nesta Casa, tal como um dia me ensinaram, não haja tempo para pressas e que aquilo que me proponho a fazer, faça bem feito.

GELADO DE CHOCOLATE, CANELA E MANJERICÃO
(Adaptado do livro Making Artisan Gelato de Torrance Kopfer)
Tempo de preparação: 20 minutos + refrigeração

  • 500 ml de leite;
  • 150 gr de açúcar fino;
  • 4 gemas de ovo;
  • 300 ml de natas frescas;
  • 2 paus de canela+ 1 colher de chá de canela moída;
  • 200 gr chocolate 70% cacau;
  • 16 gr/ 2 colheres de sopa de cacau em pó;
  • 10 gr folhas de manjericão fresco;


Modo de Preparação:



  1. Comece por cozinhar o leite com a canela e metade da quantidade de açúcar, em lume médio, mexendo ocasionalmente, sem deixar ferver. Retire do lume e deixe em infusão cerca de 30 minutos. Entretanto, misture o restante açúcar com as gemas, mexendo continuamente até que a mistura se torne mais espessa e ligeiramente espumosa. De seguida, retire os paus de canela da infusão, misture cuidadosamente as gemas de ovo com o leite quente e com o cacau em pó, mexendo continuamente e leve de novo ao lume, Cozinhando em temperatura média-alta, e tomando cuidado para que não ferva, cozinhe até que esta mistura atinja os 85Cº.
  2. Retire do lume e misture o chocolate partido em bocados pequenos, mexendo até que o chocolate derreta completamente e fique incorporado no leite. Se a mistura não estiver homogénea, passe pela varinha mágica ou pelo copo misturador.
  3. Incorpore este creme nas natas utilizando um coador de malha fina. Adicione as folhas de manjericão finamente cortadas. Deixe esfriar completamente, mexendo ocasionalmente. Cubra o recipiente com película aderente e leve ao frigorífico, por pelo menos 8 horas, ou durante a noite. Coloque na máquina de gelados e siga as instruções do fabricante.
  4. Saboreie este gelado em pequenas taças...lasser les bons temps rouler....


sábado, 18 de setembro de 2010

When the stars go blue


Quando estou sozinha, sonho acordada. Segundo o filósofo Ernst Bloch, estes sonhos que temos quando estamos acordados visam o futuro, são antecipações alucinatórias dos nossos desejos. Pois bem, quando estou sozinha, quando estou triste, refugio-me frequentemente na minha fantasia. Refugio-me numa grande Casa de Campo. Saio porta fora, saltito pelas escadas de pedra e caminho pelo vasto jardim povoado por flores de mil cores. Sinto as cócegas da relva alta, o cheiro suave do alecrim e deixo-me beijar pelos raios do sol num fim de tarde de Verão. Sou capaz de ficar horas a vaguear pelo campo. De repente recuo. Sigo uma outra direcção. Ouço buzinas, vejo centenas de luzes e sobressalto-me com os encontrões da multidão, sinto o bafo quente da entrada do metro. Recuo outra vez. Sorrio e ouço uma vozinha familiar a chamar. Hora do lanche. Agora a minha fantasia é simples e o meu desejo é comer algo reconfortante e delicioso. Sonho com o presente. Já não estou nem numa Casa de Campo, nem numa Metrópole, nem tão pouco no meio do Pacifico. Estou num dos sítios com que fantasio todos os dias. Estou de regresso a Casa, com a minha Família e Amigos, a aproveitar os últimos dias deste Verão quente, saboreando uma bebida fresca e esta Bôla Mista que a minha Mãe faz tão bem.

BÔLA MISTA:
Tempo de preparação: 10 minutos + 8h fermentação + 15 minutos;
Serve: 2 bôlas médias;

  • 500 gr de farinha;
  • 120 ml de azeite;
  • 130 ml de leite morno;
  • 1 pitada de sal;
  • 1 pitada de açúcar;
  • 3 ovos;
  • 50 gr fermento padeiro;
  • 300 gr fiambre em fatias;
  • 300 gr queijo tipo flamengo em fatias;
Modo de preparação:
  1. Dissolva o fermento no leite morno com uma pitada de açúcar e deixe repousar durante 5 minutos, ou até formar borbulhas na superfície.
  2. Entretanto, numa tigela grande, misture a farinha com o sal. Faça uma covinha no centro e coloque os ovos e a mistura de leite com fermento. Transfira a mistura para uma superfície polvilhada com farinha e amasse durante cerca de 10 minutos, fazendo movimentos até que a massa fique homogénea e elástica. Transfira novamente para uma tigela e tape com película aderente ou com um pano húmido. Deixe repousar durante a noite (cerca de 8 horas).
  3. Pré-aqueça o forno a 200 Cº. Quando estiver duplicado o seu tamanho, divida-a em quatro partes e estique-a formando quatro quadrados, rectângulos ou círculos, de acordo com as formas que vai utilizar. Tenha o cuidado de esticar a massa até que fique bem fininha. Disponha duas metades de massa sobre as formas que escolheu e cubra com metade do fiambre, queijo e termine com uma ultima camada de fiambre. Cubra com as restantes partes de massa bem esticadas pressionando para fechar.
  4. Leve ao forno por 15 minutos ou até estar dourado. Sirva quente, saboreie e sonhe acordado com todas as coisas da vida que deseja....mais tarde ou mais cedo o seu sonho concretizar-se-á!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Le monde

Estamos todos de acordo. No final das férias, por mais longas que sejam, regressar ao trabalho e à rotina custa. Custa e entristece. Mas também não é caso para tanto. Basta pensar que se estivéssemos onze meses de férias e trabalhássemos apenas um, o sentimento seria contrário. Vale aqui o velho ditado "tudo que é demais enjoa". Bem sei que isto quase parece coisa de senhora de idade que, na vã tentativa de consolar qualquer mal-estar duma jovem confidente, diz "ai rapariga, deixa lá isso, eu queria era ter a tua idade". Esta absoluta relação de comparação entre as coisas torna o Mundo uma rede de contrastes e opostos. O ócio só existe por comparação com o trabalho, o prazer por comparação com a dor, o descanso por comparação com o cansaço e assim sucessivamente. É exactamente esta tela pincelada pelas cores contrastantes das adversidades que faz do Mundo um lugar diversificado e interessante. Se não existissem contrastes, não distinguíamos os dias das noites, o calor do frio, a fome da saciedade. Não distinguíamos os cheiros, nem os sabores, nem as cores e não conseguíamos sequer ler esta patética teoria de quem está há um mês a tentar esquecer as férias, mas ainda não conseguiu!
COUSCOUS COM ATUM, TOMATE E ESPINAFRES
(Adaptada da Revista BlueCooking)
Tempo de preparação: 20 minutos;
Serve: 2-4 pessoas;

  • 2 chávenas de couscous;
  • 2 chávenas de água;
  • 4 filetes de Atum em conserva;
  • 2 chávenas de folhas de espinafres;
  • 150 gr de tomate cereja;
  • 50 gr de azeitonas verdes;
  • raspa de 1 limão;
  • coentros picados a gosto;
  • 4 colheres de sopa de azeite;
  • 2 colhres de sopa de vinagre balsâmico;
Modo de preparação:
  1. Coloque o couscous numa tigela e regue com a água a ferver e uma pitada de sal. Tape e deixe repousar durante 5 minutos.
  2. Entretanto, corte o tomate cereja e as azeitonas ao meio, e pique os coentros. Solte o couscous com um garfo e misture numa taça com as folhas de espinafre, o tomate, as azeitonas, os coentros e a raspa de limão.
  3. Prepare um molho vinagreta com o azeite, vinagre, pimenta preta e sal e tempere o couscous.
  4. Delicie-se com esta refeição de Verão contrastando com o Outono!



quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fix You



Não é por acaso que temos dias de desânimo. Eu tenho. Há dias em que debato, protesto e luto. E há dias em que tudo parece abater-se sobre mim, e em que esgoto as minhas reservas de boa disposição, de esperança, e de optimismo. Dias em que fico sem forças e me canso. Dias em que só me apetece ficar num canto da minha cozinha e não pensar em mais nada. Mas, curiosamente, é nesses dias de desânimo e de injustiça que, enquanto cozinho, as portas da minha mente se abrem e vejo aquilo que antes não tinha visto. Da mesma forma matreira e silenciosa que chega, que se instala, e que cozinha, o desânimo parte apressado. Para trás deixa sempre dias de reflexão, deixa novas experiências, novos saberes e traça um novo caminho. Às vezes também deixa gelados, ou compotas, desta vez deixou este pão de chocolate e amêndoas!

PÃO DE CHOCOLATE COM AMÊNDOAS
(Ligeiramente adaptada de Donna Hay e retirada integralmente daqui)
Tempo de preparação: 15 minutos + 90 fermentação + 20 minutos cozedura;
Serve: 6 a 8 pães;
  • 2 colheres de fermento para pão (Tipo Fermipão);
  • 5 colheres de sopa de açúcar;
  • 200ml de leite morno;
  • 350g farinha;
  • 40g manteiga derretida;
  • 1 gema + 1 gema (para pincelar);
  • 90gr chocolate com amêndoas;
  • 2 colheres de sopa natas frescas, de preferência;
  • Amêndoas picadas para polvilhar os pãezinhos;
Modo de preparação:
  1. Para fazer a massa doce, numa tigela coloque o fermento, 2 colheres de chá de açúcar e todo o leite numa tigela. Misture e reserve por cerca d 5 minutos, até que se formem borbulhas na superfície.
  2. Entretanto, coloque a farinha, manteiga derretida, mas já fria, uma gema e o restante do açúcar numa tigela. Faça uma covinha no centro e acrescente o fermento e misture, até ficar com uma massa homogénea.
  3. Transfira a massa para uma superfície de trabalho levemente enfarinhada e amasse durante cerca de 5 a 10 minutos, até que a massa fique macia e ligeiramente elástica. Transfira novamente a massa para uma tigela e cubra com película aderente, deixando fermentar durante 40 minutos, ou até que dobre o seu tamanho.
  4. Depois de dobrar o seu tamanho divida a massa entre 6-8 bolas. Retire uma para trabalhar, e reserve as restantes. Pegue numa das bolinhas e pressione com a mão para criar um formato oval.Coloque os pedaços de chocolate no centro da massa e depois feche. Coloque numa forma e repita o processo até que todas as outras bolinhas tenham sido preparadas. Disponha as formas num tabuleiro e cubra com um pano húmido, deixando levedar novamente por cerca de 45 a 50 minutos, ou até que a massa dobre de volume.
  5. Pré-aqueça o forno a 180oC. Pouco antes de levar ao forno pincele cada um com uma mistura de gema de ovo e as duas colheres de natas e depois polvilhe com amêndoas picadas. Asse por 20 minutos ou até estarem dourados.
  6. Sirva ainda morno faça do desânimo um novo ponto de partida!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Something good can work!

Um dia destes, numa das revistas que compartilhavam comigo uma sala de espera, li um artigo sobre comportamentos alimentares bastante curioso. No país onde se estuda tudo e mais alguma coisa, alguém cujo nome não recordo, pesquisou sobre a influência do género no apetite e nas escolhas alimentares que lhe estão associadas. É isso mesmo. A juntar a todas as outras conhecidas diferenças entre Homens e Mulheres, reputados cientistas norte-americanos atestam a existência de, pelo menos, mais uma. O género influência as opções alimentares. Ao que parece, os Homens manifestam maior propensão para as carnes e para o marisco. Já as Mulheres ingerem mais vegetais. Cenouras, Tomates, Laranjas, Nozes, Ovos e Iogurtes são alguns dos alimentos mais referidos pelas Mulheres na tal pesquisa de que vos falo. Curioso, pensei. Algumas linhas mais abaixo, depois de gráficos e percentagens atestando a veracidade e o rigor das conclusões apresentadas, outro estudo. Do mesmo País, como é evidente. Saímos da Faculdade de Medicina e entramos na Faculdade de Psicologia. Aqui se concluía, sem margem percentual que deixasse grandes dúvidas, que os hábitos alimentares são contagiantes. É verdade. Mais gráficos, mais percentagens e a conclusão era óbvia: os seres humanos estão acostumados a partilhar refeições e revelam uma forte tendência para escolher o mesmo prato que os outros estão a comer. Ora, se somos seres sociais, tanto Homens como Mulheres, e estamos habituados a partilhar as refeições uns com os outros, está visto que as opções alimentares de cada género se encontram largamente condicionadas pelo outro, não vos parece? Norte-americanices à parte, cá em casa quem decide as refeições é uma Mulher, e por isso, o Homem acaba por não ter grande escolha! Sopa de Cenoura, Laranja e Gengibre....boas escolhas funcionam sempre!

SOPA DE CENOURA, LARANJA E GENGIBRE
Tempo de preparação: 20 minutos;
Serve: 4 a 6 pessoas
  • 800 gr de cenouras;
  • 200 gr batatas;
  • 4 cm gengibre fresco;
  • 1 cebola;
  • 1 litro de caldo de legumes;
  • 2 colheres de sopa de azeite;
  • sumo de meia laranja;
  • sal e pimenta q.b.
Modo de preparação:
  1. Descasque e parta em quadrados as cenouras, as batatas, o gengibre e a cebola. Entretanto leve uma panela ao lume médio com o azeite e refogue a cebola, as cenouras e as batatas, Acrescente o gengibre. Deixe os legumes amolecerem e junte o caldo de legumes. Assim que levantar fervura, reduza o lume, tape e deixe cozinhar cerca de 20 minutos.
  2. Assim os legumes estiverem cozidos, passe com uma varinha mágica e junte o sumo de laranja. Tempere com sal e pimenta preta moída na hora e sirva.
  3. E já sabe, se hoje escolheu vegetais amanhã deixe-se "influenciar" e escolha carne!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Laught about it

Tenho uma secreta admiração por pessoas organizadas. Não aquelas pessoas medianamente organizadas, como eu! Admiro as pessoas infalivelmente, metodicamente, matematicamente organizadas. Aquelas pessoas que não chegam sequer a abrir o último pacote de arroz, massa ou farinha. Aquelas pessoas que organizam antecipadamente os seus cardápios semanais e elaboram listas de compras, como quem resolve uma equação. Ai, se vocês soubessem como gostava de ser assim. Verdade seja dita: eu nunca tive grande queda para a matemática. Como em quase tudo na minha vida, também a minha despensa vive mais de prosa e poesia do que de ciência e método. Há dias de romance, dias de policial e também dias de comédia. Muitos. Muitos mais do que vocês possam imaginar, porque às vezes, tentando descobrir o que vai ser o meu jantar, olho para a minha despensa e minha organização desorganizada só me pode dar para rir!Posso ter seis pacotes de açúcar, mas não ter nenhum pacote de arroz. Nestes muitos dias de comédia, como o riso não me alimenta o corpo, e os ingredientes disponíveis são poucos, socorro-me destas formulas simples e convenço-me de que não preciso de implementar um método!


ESPARGUETE COM TOMATE SECO, CEBOLA VERMELHA E VINAGRE BALSÂMICO
(Ligeiramente adaptado do Livro The Return of the Naked Chef Jamie Oliver)
Tempo de preparação: 10 minutos
Serve: 4 pessoas
  • 450gr de esparguete;
  • 1 cebola vermelha;
  • 15 tomates secos, escorridos;
  • 8 colheres de sopa de azeite;
  • 3 colheres de sopa de vinagre balsâmico;
  • 2 colheres de sopa de oregãos secos, ou uma mão-cheia de folhas de manjericão fresco;
  • queijo parmesão ralado na hora, para servir;
  • sal e pimenta preta q.b.;

Modo de preparação:

  1. Coza a massa até ficar al dente. Entretanto, pique a cebola e o tomate.
  2. Leve ao lume uma frigideira com azeite e com a cebola picada. Deixe amolecer a cebola, e junte o tomate seco cortado, os oregãos e o vinagre balsâmico. Tempere com pimenta preta moída na hora.
  3. Envolva a massa no molho e sirva com queijo parmesão e ria-se de todos aqueles defeitos que sabe ser incapaz de mudar!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Favorite Adventure ( Wedding Song)


Com a minha Mãe já aprendi muito. Aprendi que as pessoas que são nossas não se amarram, abraçam-se. Aprendi que os afectos não se explicam, aceitam-se. Aprendi que os relacionamentos não se constroem, tecem-se. Como se de linho antigo se tratasse, tecem-se com esmero e dedicação, deixando espaço suficiente entre as linhas para que o tecido fique delicado, mas com pormenor e cuidado para que nunca se rasgue. E foi também com a minha Mãe que aprendi que à Família não se diz a morada, entrega-se a chave. Amanhã é dia de entregar mais uma chave da minha casa e, por isso, hoje resolvi partilhar uma receita Açoriana desta família que, hoje, também é a minha, porque já há muito que me deixou entrar. Aos meus queridos Cunhados desejo toda a Felicidade do Mundo!




BOLOS LÊVEDOS
Tempo de preparação: 10 minutos + 4 horas;
Rende: 12 Bolos;


  • 25 gr fermento de padaria;
  • 250 ml de leite morno;
  • 500 gr de farinha para bolos + extra para amassar e polvilhar;
  • 150 gr de açúcar;
  • 2 pitadas de sal;
  • 40 gr manteiga à temperatura ambiente;
  • 1 ovo ligeiramente batido;
Modo de preparação:

  1. Junte o fermento com o leite morno, uma colher de sopa de açúcar e uma mão cheia de farinha e mexa. Tape com um pano húmido e deixe repousar durante 5 minutos ou até que se formem borbulhas à superfície.
  2. Numa tigela grande deite a farinha e o sal. Faça uma cova no centro e deite o preparado anterior, a manteiga e ovo já batido. Misture bem até obter uma bola de massa pegajosa e irregular.
  3. Polvilhe com farinha uma superfície limpa e amasse durante alguns minutos até que a bola de massa fique mais macia e ligeiramente elástica.
  4. Coloque numa taça e tape com película aderente e deixe repousar num local quente durante 2 a 3 horas, dependendo das condições climatéricas, ou até que duplique o seu tamanho.
  5. Divida a massa em 12 pedaços e forme bolas, espalme-as um pouco com a mãe com um pouco de farinha. Forre um tabuleiro com papel vegetal e coloque as 12 bolas deixando espaço entre si. Cubra com outra folha de papel vegetal e com um pano e deixe repousar por mais uma hora.
  6. Aqueça uma frigideira anti-aderente em lume alto. Reduza o lume para o mínimo e cozinhe cada uma das bolas espalmado-as suavemente, sem retirar muito ar, até ter um disco com cerca de 10 cm. Vire cuidadosamente quando um dos lados estiver dourado e cozinhe do outro lado até estar igualmente dourado.
  7. Estes bolos são bons quentes ou frios acompanhados com compota ao pequeno-almoço ou à tarde, e fazem parte desses pormenores cuidados de que o tecido da vida é feito.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Wake me up when September ends





Quem, como eu, vive numa cidade de veraneio sabe qual é a sensação de acordar no primeiro dia do mês de Setembro. Os sentimentos são contraditórios. Tal como numa despedida de um hóspede prolongado, ou no final de uma grande festa, de braço dado com o alívio vem a tristeza. A tristeza do fim da estação quente que a debandada geral já faz questão de anunciar. É Verão, mas o burburinho das ruas já deu lugar ao murmúrio do mar. Está calor, mas na praia apenas os mais sortudos desfrutam dos últimos raios de sol. Há espaço, mas nas esplanadas as longas tardes de convívio transformam-se em rápidas conversas que as rotinas ordenam. Nada a fazer. Gosto de prolongar o Verão até ao fim. Gosto de aproveitar os dias que ainda são longos. Gosto de retomar a rotina devagar. Ao mês de pausa sucede-se o mês da transformação. Por isso, em Setembro opto por receitas muito rápidas e práticas que me deixem com tempo livre para aproveitar os últimos dias de Verão. Esta é a minha proposta de final de Verão, com gosto a Sol, a Mar, a Férias, a Viagens e a Praia, mas já antevendo a correia do dia-a-dia que ameaça voltar!





SALADA DE CAMARÃO E COUSCOUS
(Adaptada da Revista Blue Cooking)
Tempo de preparação: 20 minutos
Serve: 4 pessoas;
  • 300 gr de camarões ultracongelados cozidos;
  • 180 gr/ 1 chávena de couscous;
  • 250 ml/ 1 chávena de água;
  • 1 courgette pequena;
  • 2+ 2 colheres de sopa de azeite;
  • 1 colher de sopa de sumo de limão;
  • 2 dentes de alho;
  • 1 mão cheia de salsa;
  • 1 malagueta seca ou piri-piri;
  • sal e pimenta preta q.b.;

Modo de preparação:
  1. Coloque o couscous numa tigela e junte a água a ferver com uma pitada de sal. Tape e deixe repousar cerca de 5 minutos.
  2. Entretanto, corte a courgette com um cortador em fatias finas, pique finamente os dentes de alho e a salsa.
  3. Numa frigideira anti-aderente aqueça duas colheres de sopa de azeite e salteie as fatias de courgette durante cerca de 5 minutos, ou pelo tempo suficiente para ganharem cor mas continuarem crocantes. Retire a courgette da frigideira e reserve. Adicione os camarões, a malagueta seca ou o piri-piri, os dentes de alho e a salsa picada, e deixe que ganhem cor. Retire do lume e deixe arrefecer.
  4. Prepare um molho com as restantes duas colheres de azeite, o sumo de limão, sal e pimenta a gosto. Solte o couscous com um garfo, misture os restantes ingredientes, regue com o molho e sirva.
  5. No mês da transformação retome a rotina do seu dia-a-dia devagar saboreando os últimos dias antes dos primeiros dias de frio!