quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Crystal Ball


Entramos em contagem decrescente. Os ponteiros do relógio  avançam  com velocidade rigorosa e ar de dever cumprido. A cada minuto, um pensamento. Uma alegria e uma tristeza. Uma chegada e uma partida. Uma vitória e uma derrota. Pesam-se os prós e os contras. Salpica-se com uma mão cheia de gargalhadas sonoras e rega-se com um pingo de lágrimas escondidas. Rectificam-se os temperos da vida. E recomeçam-se os cozinhados de sempre. Identificam-se  as insatisfações, reconhecem-se os problemas e investigam-se soluções.  Aplaudem-se os sucessos, agradecem-se as benesses e      acaricia-se a Bola de Cristal.   Reiteram-se os desejos, reinventam-se os actos e renovam-se as esperanças. Entramos em contagem decrescente  para mais um Ano Novo!


PÃO COM CHOURIÇO
(ligeiramente adaptada daqui)
Tempo de preparaçao: 10 minutos + 2h30 minutos de levedura+ 1 hora de cozedura
Serve: 10 a 12 pães

  • 500 gr de farinha;
  • 20 gr de levedura;
  • 250 ml de água morna;
  • 2 gemas
  • 0,5 dl de óleo
  • 8 gr de sal
  • 8 gr açúcar
  • 1 chouriço de carne cortado às rodelas finas

Modo de preparação:
  1. Diluir a levedura na água morna e adicionar o açúcar, e deixar descansar até que se formem borbulhas à superficie;
  2. Adicionar a farinha e o sal e incorporar bem. Depois, adicionar as gemas e o oleo e amassar até obter uma massa homogénea, elástica e brilhante. Colocar numa tigela e tapar com película durante e deixar levedar cerca de 2 horas ou até que tenha duplicado o seu tamanho.
  3. Numa superficie levemente enfarinhada, estender a massa no formato que quiser, eu escolhi em pãezinhos médios, e colocar rodelas de chouriço no seu interior e enrolar. Colocar num tsbuleiro de forno previamente preparado com papel vegetal, ou tapete de silicone, polvilhar com um pouquinho de farinha e deixar levedar novamente cerca de 30 minutos.
  4. Levar ao forno pre-aquecido a 160 C.º durante 45 minutos a uma hora.
  5. Neste final de Ano, repleto de jantares de Amigos, de petiscos e de patuscadas, deixo esta sugestão de "multa" que se adivinha bem aceite! 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Do they know it´s Christmas


Quem, como eu gosta de novidade e não se cansa da aventura da descoberta, não pode deixar de se sentir no mínimo intrigado pela força repetitiva desta quadra festiva. Como é possível que , ano após ano, os gestos, as palavras, as canções e as receitas se repitam uma e outra vez, vezes sem conta pelo Mundo inteiro, sem que isso nos aborreça? Como podemos a cada ano viver o Natal como se fosse a primeira vez? O que tem o Natal e a quadra festiva de tão especial que faz com que pareça inesgotável? A cada ano podemos descobrir coisas novas e saímos desta quadra enriquecidos. Nesta época do ano abandonamos a certeza do dia-a-dia, guardamos o quotidiano numa gaveta, trancamos os nossos problemas a sete chaves. Nesta quadra de partilha, esquecemos o nosso mau-humor e superamos o nosso cansaço. Esta época de Festas tem a capacidade de nos fazer sonhar e querer que a cada Novo Ano que se aproxima tudo seja melhor, tudo seja Novo. Nem que seja só por um dia, por um momento, numa das doze baladas da meia-noite, sentimos que somos crianças outra vez e que o Mundo é um lugar perfeito. 

PEITO DE PERÚ COM ESPINAFRES E FOIE GRAS
(inspirada na receita do Chef Camilo Jaña)
Tempo de preparação: 20 minutos;
Serve: 4 pessoas;

  • 4 Bifes de Perú;
  • 100 gr de foie gras cru com pimenta;
  • 60 gr de miolo de pão fresco;
  • 60 gr de amêndoas sem pele;
  • 2 colheres de sopa de salsa;
  • 6 colheres de sopa de espinafres cozidos e cortados em pedaços (pode usar congelados);
  • 2 colheres de sopa de ricota;
  • 200 ml de vinho da Madeira;
  • 1/2 colher de sopa de manteiga;
  • 1 colher de sopa de farinha;
  • azeite, pimenta preta e sal q.b.
Modo de preparação:
  1. Pré-aqueça o forno a 180 Cº. Disponha os bifes numa tábua de cozinha e, com ajuda de um martelo de cozinha ou outro utensílio semelhante, espalme os bifes até que fiquem finos. Tempere com sal e pimenta preta a gosto e reserve.
  2. Entretanto, com a ajuda de uma picadora, pique grosseiramente o miolo de pão, a salsa e as amêndoas. Numa tigela adicione o foie gras, o queijo ricota, os espinafres e a mistura de pão e amêndoas picados. Envolva até obter uma pasta. Barre os bifes com este recheio e enrole-os atando com fio de cozinha para que não abram ao cozinhar.
  3. Derreta a manteiga em lume brando. Retire do lume e adicione a farinha. Leve novamente ao lume e, sem parar de mexer, adicione o vinho e deixe o molho ganhar consistência. Adicione mais vinho se lhe parecer necessário para que fique um molho fino, mas com algum corpo.
  4. Aqueça um fio de azeite numa frigideira em lume alto e cozinhe o perú de ambos os lados até que fique dourado. Transfira para um tabuleiro de ir ao forno e deixe terminar a cozedura no forno durante cerca de 10 minutos. Regue com o molho de vinho da Madeira e sirva acompanhado com legumes salteados e batatinhas novas assadas...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

All I want for Christmas

A única vez que tentei fazer rabanadas iguais às da minha Mãe foi um desastre completo. Um episódio que bem podia ter acabado com as minhas incursões na doçaria natalícia, não fosse e sagacidade da minha progenitora que, conhecendo-me como as linhas que lhe desenham o rosto, soube dosear com delicadeza as suas apreciações, deixando o meu entusiasmo sobreviver à malfadada experiência. Sou uma pessoa de entusiasmo(s). Gosto de viver assim: com energia, com impulso, como uma força avassaladora e optimista. Mas, o meu entusiasmo é um recurso instável. Não se basta a si mesmo, não derruba tudo e todos, não caminha sozinho. O meu entusiasmo gosta que o cultivem, que o acarinhem, que acreditem nele.  Se não o acolhem, foge e desvanece-se. É caprichoso e envergonhado. Sem ele sinto-me preguiçosa, parada, apática. Sempre fui assim. Desde miúda. Gosto de me sentir animada pela força do entusiasmo e de pensar que não há obstáculos, ou que os que aparecem são para contornar. Talvez seja por isso que gosto tanto de cozinhar. Tudo pode ser renovado e reinventado. A cada nova receita ele aparece. O entusiasmo é o que não pode faltar neste Natal! E as Rabanadas, as da minha Mãe e as minhas, também não!


RABANADAS RECHEADAS
(ligeiramente adaptadas da receita do Chef Camilo Jaña)
Tempo de preparação: 25 minutos
Serve: 8-10 pessoas;

  • 12 fatias de cacete de véspera;
  • 3 ovos batidos;
  • 250 ml de leite;
  • 1 vagem de baunilha;
  • 100 gr + 75 gr + 3 colheres de sopa de açúcar;
  • farinha q.b.;
  • óleo para fritar;
  • 4 maçãs descascadas;
  • 3 colheres de sopa de manteiga;
  • 200 gr de queijo mascarpone;
  • 1 colher de sopa de canela em pó;
  • 100 ml de água;
  • 100 ml vinho do Porto;
  • 1 colher de sopa de mel;
  • casca de um limão;
  • açúcar e canela em pó para polvilhar;
Modo de preparação:
  1. Corte a vagem de baunilha ao meio e junte-a ao leite e a 100 gr de açucar e leve ao lume até levantar fervura. Entretanto disponha as fatias de pão num tabuleiro e regue com o leite fervido. Retire as fatias de pão empapado e pressione para retirar o excesso de leite. Passe por farinha, ovo e frite em óleo quente. Disponha sobre papel absorvente e reserve.
  2. Corte as maças em lâminas. Coloque 100 gr de açúcar e 1 colher de sopa de canela numa frigideira anti-aderente e leve a lume médio-forte. Assim que o açúcar começar a caramelizar, junte a manteiga e as maçãs e reduza para lume brando. Deixe caramelizar. Retire do lume e incorpore o queijo mascarpone. Reserve.
  3. Finalmente, prepare um calda, juntando a água, o vinho do Porto, o açúcar restante, o mel e a casca de limão. Leve ao lume a ferver e reserve.
  4. Para servir forme camadas de rabanada e recheio, regue com a calda quente e polvilhe com açúcar e canela, e deixe-se entusiasmar ou conserve o seu entusiasmo, pelo Natal ou por outra coisa qualquer!!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Christmas Lights


Não sei bem há quanto tempo começou esta história de amor entre os portugueses e o Bacalhau. Uma espécie de enamoramento que se arrasta pelas gerações lusitanas e se prolonga pela extensão do País. As regiões, sedutoras meninas prendadas, competem pela atenção do rei e coram à sua passagem. Entra nórdico nas  cozinhas e saí português "à Narcisa", "à Brás" ou "à Gomes de Sá". Para o povo faz-se em pastel fino ou em patanisca tosca, para o fidalgo desfaz-se em lascas grossas ou em delicado filete. Moderniza-se em carpáccio, funde-se com natas, tranforma-se em empadão , internacionaliza-se em risotto e exibe-se em canapés. Ninguém fica indiferente a esta relação perfeita. Uma relação de tudo ou nada. Para mim bacalhau é tudo! Adoro bacalhau, desta forma ou de outra qualquer, espero que vocês também gostem!

BACALHAU ASSADO COM GRELOS E PURÉ DE GRÃO
Tempo de preparação: 35 minutos, mais ou menos;
Serve: 4 pessoas

  • 4 lombos de bacalhau;
  • 2 cebolas grandes;
  • 150 ml de leite;
  • 2 folhas de louro;
  • 3 dentes de alho;
  • 4 colheres de sopa de pão ralado fresco;
  • pimenta preta e sal q.b.
  • azeite de boa qualidade q.b.
  • 1 molhos de grelos;
Modo preparação:
  1. Pré-aqueça o forno a 200 Cº. Coloque os lombos de bacalhau de molho no leite temperado com pimenta e folhas de louro. Reserve.
  2. Entretanto, arranje os grelos e coza-os em água fervente com sal. Escorra-os e reserve.
  3. Regue uma assadeira com uma quantidade generosa de azeite de boa qualidade. Corte as cebolas em meia-lua e pique finamente os dentes de alho e coloque-os dentro da assadeira por cima do azeite. De seguida, disponha o bacalhau e regue com o leite. Finalmente, coloque por cima de cada lombo uma colher de pão ralado fresco e leve ao forno durante cerca de 30 minutos, ou até estar dourado. (o bacalhau está pronto quando o azeite que o rodeia começar a fazer uma espécie de espuma)
  4. Enquanto o bacalhau assa, prepare o puré de grão.
  5. Sirva em camadas, iniciando com o puré de grão, seguido dos grelos e terminando com o lombo de bacalhau.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

12 Day of Christmas

Não é segredo para ninguém o quanto eu gosto de Festas. Não sei bem se este é um gosto que não escolhi ou se é um prazer que escolhi gostar. Sei é que gosto. Que gosto muito. Da mais intima comemoração de Amigos ao alargado festejo de uma Comunidade, são encontros que depressa transformo  em festa, pois são o melhor pretexto para partilhar alegria. Nesta época do ano, em que Festa é a palavra que a define, os encontros multiplicam-se e as atenções dividem-se entre mil e uma partilhas. Quando era miúda uma das coisas que mais ilusão me fazia era a Festa de Natal. Não uma Festa de Natal qualquer, senão a Festa de Natal da empresa onde a minha Tia trabalhava. Palhaços, acrobatas, músicos, bailarinas, guloseimas, serpentinas e presentes, eram os ingredientes de uma receita de sucesso que, ano após ano, não me cansava de  degustar. Uma excitação partilhada com outros  pequenitos seres submersos entre fitas e laços, sacos e papeis. A Festa de Natal da empresa era mais do que uma festa: era um festival. Na minha pequena cabeça, imagina que aquela era a mais fiel reprodução de um espectáculo televisivo que podia existir. E eu estava lá. Durante muitos anos, as empresas do nosso País cultivaram este modelo de Festa de Natal.  A Festa era um dado adquirido, um produto pronto, um encontro organizado, uma partilha estabelecida, a que já poucos pareciam dar valor. Em tempos de crise, a Festa de Natal das empresas quase deixou de existir. Mas foi preciso surgir um obstáculo aos palhaços, às bailarinas, às guloseimas, aos músicos e aos presentes, para percebermos que é a nossa capacidade de desejar, de sonhar, de querer, que não deixam a Festa desaparecer.



BOLACHAS DE TANGERINA
(adaptado do Livro Cozinha para Quem quer Poupar de Mafalda Pinto Leite)
Tempo de preparação: 15 minutos + 30 minutos refrigeração + 10 minutos cozedura
Serve: 80 bolachas (depende do tamanho dos cortadores)

  • 250 gr de manteiga à temperatura ambiente;
  • 2 gemas;
  • 200 gr de açúcar;
  • 250 gr de farinha sem fermento;
  • 125 gr de farinha com fermento;
  • raspa de 4 tangerinas;
  • 3 colheres de sopa de casca de laranja cristalizada triturada;
  • 2 colheres de sopa de sementes de papoila;
  • açúcar em pó para polvilhar;
Modo de preparação:
  1. Bata a manteiga com o açúcar até obter uma massa homogénea e fofa. Sem parar de bater junte as gemas, uma a uma, e as casacas de laranja trituradas e incorpore bem. Finalmente, junte as farinhas peneiradas e as sementes de papoila, e bata até a farinha começar a aderir. Forme dois discos de massa e envolva-os em película aderente. Leve ao frigorífico por, pelo menos, 30 minutos.
  2. Pré-aqueça o forno a 180 C.º. Prepare tabuleiros para ir ao forno, forrados com papel vegetal.
  3. Estique a massa entre duas folhas de papel vegetal e corte dom os cortadores de Natal (estrelas, pinheiros, veados, bonecos de neves, flocos, etc...ou com os cortadores da sua preferência). Transfira para os tabuleiros e leve ao forno por 10 minutos, ou até estarem firmes, mas não douradas.
  4. Retire dos tabuleiros e deixe arrefecer em grades. Polvilhe com açúcar e sirva, ou ofereça, ou venda para angariar fundos para a Festa de Natal da sua empresa!
NOTA: Etiquetas elaboradas pela Raad Design.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Christmas Dream


Há Povos que consideram o sonho um recurso e fazem da criatividade a sua marca no Mundo.  Frases como " I have a dream" ou "Yes We can" tiveram a capacidade de encher de esperança e despertar o ser criativo de um povo.  Ao contrário, quando em épocas de crise outros povos abrem a cela e deixam sair à  rua a prudência, a desconfiança e o receio, a criatividade sentindo-se ameaçada, foge e esconde-se. Na tentativa de acelerar o ritmo do Mundo, talvez acreditando que a velocidade dos acontecimentos está em relação oposta com a criatividade, cada um de nós cria o menos possível e espera o mesmo dos outros. Restringe a sua actuação ao mínimo possível, à rotina, ao "só porque tem que ser". Não idealiza grandes, nem sequer pequenos, projectos, não acredita neles e vai mais longe: desdenha de quem o faz. Talvez seja por isso que o Natal deste ano seja, para mim, ainda mais especial. Porque me faz sonhar, porque me enche de esperança e optimismo. Porque traz luzinhas mil a sítios onde antes só havia escuridão, porque puxa as pessoas para às ruas outrora desertas e porque transforma o negro da crise em vermelho vivo! E a minha casa também!



CREME DE ABÓBORA E TOMATE
(ligeiramente adaptada do Livro Doze Meses na Cozinha)
Tempos de preparação: 4o minutos;
Serve: 4 a 6 pessoas;

  • 750 gr de abóbora descascada;
  • 10 colheres de sopa de tomate em pedaços;
  • 1 cebola grande;
  • 1 colher de sobremesa de açúcar;
  • 2 gemas;
  • 50 gr de manteiga;
  • 1 litro de água;
  • sal e pimenta preta q.b.
Modo de preparação:
  1. Corte a abóbora em cubos e a cebola em rodelas finas. Coloque numa panela a abóbora, a cebola e os pedaços de tomate. Leve a lume brando e deixe cozer durante cerca de 20 minutos. Assim que estiver cozido, passe com uma varinha mágica ou copo misturador e vá juntando a água a ferver, aos poucos, até obter a consistência desejada.
  2. Leve ao lume novamente e deixe ferver durante cerca de 2 minutos. Junte a manteiga e as gemas batidas, com cuidado e mexendo sempre para que fique tudo muito bem ligado.
  3. Sirva com croutons ou polvilhe com salsa se gostar e aproveite bem esta época de sonho e puxe pela sua criatividade para fazer o Mundo pular e avançar!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Baby please come home!

Gosto de estar rodeada de pessoas. Gosto do barulho surdo das gargalhadas, da sobreposição das palavras, do eco dos  interesses. Gosto do carinho dos gestos e gosto do calor dos abraços. As pessoas que me rodeiam são a minha rede de segurança. Uma malha apertada, uma rede de Amigos que me amparam quando os pés ameaçam escorregar no trapézio da vida. Esta malha invisível começa na minha casa, saí porta fora e sobe no elevador do meu prédio, estica-se pelos quarteirões desta cidade, cresce pelo País fora e até atravessa fronteiras. Procuro fortalecer esta malha todos os dias, a cada novo encontro, a cada nova pessoa. Quando há um laço que se quebra, há outro que fica mais forte. Nesta época de Festas recordo todos aqueles que seguram as pontas da rede e estão longe. Suplico que voltem e fico saudosa da sua companhia.  Talvez por isso me tenha lembrado de publicar um acompanhamento, porque ninguém é feliz sozinho! 

BATATINHAS NOVAS ASSADAS
(ligeiramente adaptado da Revista Blue Cooking n.º 34)
Tempo de preparação: 10 + 45 minutos;
Serve 4 pessoas

  • 500 gr de batatinhas novas;
  • 2 dentes de alho esmagados;
  • 1 colher de café de pimentão doce;
  • 60 ml de vinho branco;
  • 2 colheres de sopa de azeite;
  • 2 folhas de louro;
  • sal, pimenta preta q.b.
Modo de preparação:
  1. Pré-aqueça o forno a 190 C.º.
  2. Lave as batatas. Deixe as mais pequeninas inteiras e corte as maiores em quartos. Tempere as batatas com sal, pimenta e pimentão doce. Regue com o vinho e com o azeite. Junte os dentes de alho e o louro. Leve ao forno durante cerca de 45 minutos ou até estarem douradas. Enquanto assam, vá dando voltas às batatinhas e regando com o molho.  
  3. Quando servir regue com um fio de azeite.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Let it snow!



Está oficialmente aberta a Época das Festas. Ainda que eu não seja uma pessoa rotineira, devo admitir que há certos hábitos que gosto de repetir uma e outra vez, ano após ano. Gestos, movimentos, formas de agir que ,em determinados dias do ano,  são ditados pelo rigor do calendário. O dia 1 de Dezembro é um desses dias cheio de rituais carregados de simbolismo. É um dia destinado a não mudar. É um dia quase automático, quase sem pensar, quase rotineiro. É um dia de enfeites de Natal, de lista de compras, de estrela no topo da árvore. É um dia de forno ligado, de lareira acesa, de coisas doces na mesa, de visitas queridas e de primeiros presentes. Está oficialmente aberta a época das Festas e eu adoro! 


BOLINHO DE MAÇÃ COM VINHO DO PORTO
Tempo de preparação: 10 + 30 minutos de cozedura.
Serve: 10 bolinhos

  • 5 maçãs descascadas;
  • 60 ml de vinho do Porto;
  • 4 ovos;
  • 250 gr açúcar;
  • 150 gr manteiga;
  • 200 gr farinha;
  • 1/2 colher de chá de fermento em pó;
  • 1/2 colher de chá de canela moída;
  • 1/2 colher de chá de cardamomo moído;

Modo de preparação:
  1. Pré-aqueça o forno a 190 Cº. Coloque as maçãs descascadas e laminadas numa tigela com o vinho do porto e com a canela e o cardamomo. Reserve.
  2. Entretanto, com a ajuda de uma batedeira eléctrica, misture o açúcar com a manteiga. Separe as gemas das claras e incorpore as gemas uma a uma, sem deixar de bater até obter uma mistura homogénea e esbranquiçada. Junte o vinho do porto onde as maçãs estiveram a macerar e reserve apenas as lâminas de maçã. Por fim, incorpore a farinha e o fermento peneirados.
  3. Bata as claras em castelo. Incorpore delicadamente as claras no preparado anterior.
  4. Unte bem 10 forminhas de bolinho, de tarte, ou de queque se preferir, e deite a massa de bolo em cada uma delas, tendo em conta que a massa irá subir. Disponha as maçãs laminadas no topo de cada bolinho e leve ao forno cerca de 30 minutos ou até estar dourado. Se preferir pode fazer em forma de bolo, deixando mais uns minutinhos no forno.
  5. Desfrute deste bolinho com um cálice de Vinho do Porto, ou ofereça a alguém querido...

Nota: As etiquetas para presentes de Natal foram carinhosamente desenhadas pela Raad Design.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

One

No fim-de-semana que passou, decorreu nas grandes superfícies comerciais mais uma acção do Banco Alimentar contra a Fome. Enquanto esperava a minha vez na fila da caixa, pude observar atentamente as movimentações em torno do peditório. Jovens fardados, acenando com os seus trajes a mensagem moral da generosidade, dirigiam-se em passinhos lentos e medrosos aos consumidores. Envergonhados, iam envergando as sacas brancas e azuis. Temendo a indiferença, iam sorrindo aos que escutavam a urgência dos seus apelos. Admiro estas pessoas. Aplaudo esta gente que, por mais generosa que seja, fica sempre com a sensação de não ter dado o suficiente. Pensa nos outros, identifica-se com os seus problemas, compreende as suas reivindicações, sente a fome como se fosse a sua, e pede como se precisasse de comer. Felicito esta gente generosa que pede para os outros a medo e saúdo este povo que dá por si com coragem. Em tempos que se afirmam difíceis, satisfaz-me ver pessoas que negam a fome. Pessoas que não medem a generosidade em moedas e praticam aquilo em que acreditam: o amor ao próximo.

PEITO DE FRANGO RECHEADO COM ALHEIRA E ESPINAFRES
(Adaptado da Revista Blue Cooking n.º51)
Tempo de preparação: 40 minutos
Serve: 4 pessoas

  • 4 peitos de frango;
  • 1 alheira de caça;
  • 250 gr de folhas de espinafres;
  • 6 dentes de alho;
  • 1 colher de chá de pimentão doce;
  • 30 ml de vinho branco;
  • 4 folhas de louro;
  • azeite, sal e pimenta q.b.;
Modo de preparação:
  1. Tempere os peitos de frango com sal, pimenta preta, folhas de louro, pimentão doce, 4 dentes de alho picados, duas colheres de sopa de azeite e vinho branco e deixe repousar. Entretanto, coza a alheira em água durante 2 minutos. Retire o recheio da alheira e reserve.
  2. Salteie os espinafres num frigideira com um fio de azeite e com os restantes dentes de alho finamente picados.
  3. Faça uma abertura nos peitos de frango, formando uma espécie de envelope e recheie com a alheira cozida e os espinafres. Ate com fio de cozinha e leve ao forno durante cerca de 30 minutos, ou até estar dourado e cozinhado. Vá regando com um pouco do molho da marinada, sempre que lhe parecer necessário.
  4. Sirva acompanhado com arroz branco ou salada e brinde à generosidade. 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

You´ve got to hide your love away

Ouvi os já habituais comentários sobre a greve geral. Como de costume, fiquei intrigada e não consegui evitar um leve sorriso de troça. Nunca gostei de números. Ensinaram-me que os números são o que são. Não se adjectivam, não se abrilhantam e ,só por si, raramente se interpretam. Talvez por isso me tenha deixado seduzir pelas figuras de estilo. Foi preciso crescer para perceber que afinal, os números também têm leituras diferentes consoante os olhos de quem os lê. Também se manipulam, também se enfeitam, e também confirmam apenas a realidade que quem os lê quer ver. É sempre o que acontece com os números da Greve. Há quem acredite que lendo os números de trás para a frente, ou de cima para baixo, altera a realidade. Há quem comente cinicamente sobre o sindicalismo, pensando que com as suas prepotentes leituras dos números, altera as somas das palavras. Dignidade, Protesto, Inconformismo são palavras que os números de ontem não conseguiram calar. Existem. São o que são. Não precisam de figuras de estilo. A sua soma aritmética é igual ao Protesto sindical. Nos dias que correm, em que já todos percebemos que a lógica dos direitos laborais só vale enquanto a lógica da economia deixar, protestar abertamente, sem vergonha, sem medo, é a única forma de expressão que resta a quem trabalha. Independentemente de profissão, de salário, de contrato, de horário e de quadrante politico. Acredito que, como já alguém escreveu por aí, "o protesto sindical é a única manifestação de força que equilibra e impede os desequilíbrios" do poder....por mais picante que ele seja!


FARFALE PICANTE COM BRÓCULOS E ANCHOVAS
(adaptado do Livro Na Cozinha com Jamie Oliver de Jamie Oliver)
Tempo de preparação : 15 minutos
Serve: 4 pessoas


  • 450 gr massa  farfale;
  • 2 dentes de alho;
  • 1 e 1/2 malagueta fresca sem sementes;
  • 15 filetes de anchovas;
  • 2 molhos de bróculos;
  • 2 colheres de sopa de azeite;
  • uma mão cheia de pinhões torrados;
  • sal e pimenta preta moída na hora;
  • queijo parmesão para servir ;
Modo de preparação:
  1. Numa panela com água a ferver, coza a massa com sal, segundo as instruções da embalagem.
  2. Entretanto, arranje os bróculos em raminhos e pique os caules finamente. Pique o alho e corte a malagueta em tiras finas. Leve uma frigideira ao lume com o azeite, a malagueta , as anchovas e o alho, e assim que ganhar cor e as anchovas se desfizerem, junte os bróculos, reduza o lume e deixe estufar, juntando um pouco de água da cozedura da massa.  Vá juntando um pouco mais de água da cozedura da massa se achar necessário. Quando os bróculos estiverem cozidos, esmague-os um pouco com um garfo. Reserve.
  3. Escorra a massa. Envolva a massa com o molho de bróculos picante e leve ao lume por um minuto. Tempere com pimenta preta, polvilhe com queijo parmesão e adicione os pinhões torrados.
  4. Sirva e não deixe de manifestar livremente aquilo em que acredita!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Try Again...

A primeira vez que fiz pão em casa foi um verdadeiro desastre. Tinha visto o Jamie Oliver fazer um pão lindo, dourado, com uma crosta estaladiça, e imaginei-me logo a fazer - e a comer- um igual. Convenci-me de que também era capaz. Abri o livro, li com atenção as indicações e, com o coração cheio de esperança, lancei-me sobre a bancada da cozinha. Arregacei mangas, prendi cabelo, tirei anéis e relógio. Nada me iria atrapalhar. Juro que imitei todos os gestos circulares, com a máxima rapidez de que fui capaz. Bolas! No programa parecia tão fácil! Mas, sobre a minha bancada não se formava bola de massa nenhuma. Ao contrário. A massa tinha vida própria. Espalhara-se pelo chão, pelos azulejos, pelo avental, pelas mãos, pelo cabelo....enfim. Desolada, limpei toda a porcaria que tinha feito e aceitei com humildade os meus erros. À medida que ia limpando os vestígios brancos na minha cozinha, ia curando os salpicos de orgulho ferido, gracejando com a minha pequenez e troçando com os restos da minha derrota. Há dias em que as coisas não correm bem .Quem gosta de cozinhar sabe que é preciso ser humilde. Só assim podemos mudar, melhorar, ultrapassar as dificuldades e ser bem sucedidos no final....depois de termos limpo muitos, muitos, muitos salpicos de farinha!


PÃO RÚSTICO
(receita adaptada daqui)
Tempo de preparação: 10 minutos + 12 horas de fermentação + 10 minutos +3 horas de fermentação + 30 a 45 minutos de cozedura;
Rendimento: 4 ou 6 cacetes dependendo do tamanho;


Massa branca fermentada:
  • 250 gr farinha;
  • 175 ml água;
  • 5 gr sal;
  • 5 gr fermento de padaria (fermento activo fresco);
Massa de cacete:
  • 250 gr massa branca fermentada;
  • 300 ml água
  • 500 gr farinha;
  • 10 gr sal;

Modo de preparação:
  1. Com, pelo menos 12 horas de antecedência , ou de um dia para o outro, preparamos a massa branca fermentada, misturando todos os ingredientes até obtermos uma massa branco lisa e homogénea. Como a massa é bastante pegajosa, podemos misturar com uma colher, ou utilizar a batedeira na opção gancho.
  2. Colocamos numa tigela e tapamos com película aderente e deixamos repousar no frigorífico de um dia para o outro, até que tenha duplicado o seu tamanho ( até 14 horas de fermentação) .
  3. Com esta quantidade iremos obter cerca de 400 gr de massa branca fermentada. Podemos utilizar toda a quantidade, ou apenas uma parte e a restante voltamos a guardar no frigorífico, uma vez que se conserva perfeitamente até 6 dias.
  4. Quando obtivermos a massa branca fermentada, podemos preparar os cacetes de pão rústico. Começamos por misturar a farinha com a água até obter uma massa lisa e homogénea, amassando cerca de 5 minutos ( com as mãos, com uma colher ou na batedeira). Cobrimos com um pano húmido e deixamos repousar cerca de 30 minutos.
  5. Depois juntamos os 250 gr de massa branca fermentada e o sal ao preparado anterior . Numa superfície de trabalho enfarinhada, sovamos a massa cerca de 10 minutos, ou até que a massa deixe de estar colada à bancada de trabalho.Não tenha medo de adaptar as quantidades de farinha ou de água, conforme lhe for parecendo necessário.Colocamos a massa de pão numa tigela, tapamos com película aderente e deixamos repousar num local quente e sem correntes de ar. durante cerca de 2 horas ou até que o seu tamanho duplique.Pulverize a massa com um pouco de água, para impedir que seque.
  6. Quando o seu tamanho tiver duplicado colocamos a massa numa superfície de trabalho enfarinhada e cortamos tiras com cerca de 10 cm de largura. Damos-lhe um formato rectangular tosco e transferimos para o tabuleiro ou pedra de forno. Deixamos repousar novamente cerca de 45 minutos.
  7. Entretanto pré aquecemos o forno a 200 Cº. Pincelamos os cacetes com um pouco de água e colocamos no forno bem quente. Ao mesmo tempo que colocamos o pão no forno, como já tinha explicado aqui e aqui, colocamos também uma travessa com água a ferver dentro do forno. O tempo de cozedura dependerá do tamanho dos cacetes.
  8. Se não se sair bem à primeira, não desanime, aceite humildemente que tem que melhorar e acredite que vai conseguir!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

The Only Exception


Na semana passada, numa dessas malhas que a circuntância prende à conversa, quem não sabe estar calado, ouvi uma Amiga comentar que tinha comido uma feijoada quase à meia-noite. Podia ter pensado em mil e uma banalidades para continuar o diálogo, estou certa de que arranjaria alguma, mas há muito que estas excepções me ensinaram a respeitar as regras da vida. Da minha e das outras. Vidas que excepcionam as regras e que têm regras diferentes da minha. Vidas de quem adora pasteis de nata pela manhã, de quem sente saudade de bananas com sumo de limão à sobremesa, de quem anseia por pão com chouriço ao lanche e de quem se atreve com uma feijoada à hora da ceia. Vidas que fazem das excepções dos outros as suas regras. De vez em quando, também eu quebro as minhas regras. Foi o que aocnteceu com esta sopa de grão, alho-francês e queijo parmesão que comi hoje ao almoço....sem mais nada, só porque me estava a apetecer!


SOPA DE GRÃO,ALHO-FRANCÊS E QUEIJO PARMESÃO.
(Adaptada do Livro Na Cozinha com Jamie Oliver de Jamie Oliver)
Tempo de preparação: 15 minutos;
Serve: 4 pessoas.

  • 545 de grão de bico cozido;
  • 3 alhos-franceses;
  • 1 batata grande;
  • 1 colher de sopa de azeite;
  • 1 noz de manteiga;
  • sal, pimenta preta moída;
  • 3 dentes de alho finamente picados;
  • 1 litro de caldo de galinha;
  • 50 gr de queijo parmesão+ extra para polvilhar;
  • uma mão cheia de salsa picada;
  • azeite virgem extra para servir;
Modo de preparação:
  1. Leve uma panela ao lume com o azeite e a manteiga. Descasque a batata e parta-a em cubos. Parta os alhos-franceses em rodelas finas e pique o dente de alho. Junte os alhos franceses, os dentes de alho e a batata ao azeite e manteiga quentes. Deixe alourara até o alho-francês estar macio. Junte o grão e cubra com o caldo. Deixe ferver por 10 a 15 minutos.
  2. Reserve uma parte do caldo e passe a outra pela varinha mágica ou copo misturador. Leve novamente ao lume, e acrescente mais água se achar necessário. Acrescente o queijo parmesão e verique os temperos.
  3. Regue com um fio de azeite, polvilhe com pimenta preta e salsa picada e sirva polvilhado com mais queijo e um pedaço de pão....e quebre as suas regras de vez em quando!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Come Fly With Me

 

A distracção gosta de sair à rua sem ser vista. Esgueira-se entre as beiradas das janelas e esconde-se com mestria nos gestos habituais das gentes que por ela passam. Em jeito de fuga, como menina traquina, a distracção acompanha os diálogos acenando com o corpo a confirmação da sua presença. Se a miram, disfarça, pois bem sabe que a mente ausente é sua prisioneira. Mas, mal pode, continua a passo ligeiro, com pressa de chegar ao seu destino. Sem anunciar a visita, chega calada e acomoda-se, destronando a concentração em silêncio. Um xeque-mate inteligente e arrebatador. Confiante e sedutora, a distracção agarra o pensamento pela mão e leva-o para onde quer. Parte sem deixar rastro e só volta quando tiver vontade. Ás vezes, muitas mais do que as que eu gostaria, deixo-me levar por essa mão segura e não trabalho, sonho. E num desses sonhos de escritório, voei por aí e vi este soufflé de bacalhau. Não lhe consegui resistir! Vocês conseguem?

SOUFFLÉ DE BACALHAU
(Adaptada da Revista Pública)
Tempo de preparação: 25 minutos;
Serve: 6-8 pessoas;
  • 250 gr de bacalhau demolhado;
  • 250 ml de leite;
  • 2 folhas de louro;
  • 1 cebola pequena;
  • 4 gemas;
  • 5 claras;
  • 50 gr farinha;
  • 70 gr de manteiga;
  • 75 gr queijo emental ralado, ou outro da sua preferência;
  • 1 colher de chá de mostarda de Dijon;
  • 1 pitada de noz moscada;
  • sal e pimenta preta moída;
Modo de preparação:
  1. Coza o bacalhau no leite, com a folha de louro. Deixe arrefecer e desfaça-o em lascas. Reserve o leite da cozedura, mas certifique-se que não ficou com espinhas!
  2. Pré-aqueça o forno a 200 Cº. Unte generosamente 6 a 8 forminhas com manteiga e polvilhe com farinha.
  3. Enquanto o bacalhau esfria, derreta a manteiga em lume brando. Junte a farinha e mexa durante um minuto. Regue com o leite da cozedura do bacalhau, mexendo sem parar, até formar um creme homogéneo. Junte e cebola descascada, uma pitada de noz moscada, e deixe levantar fervura. Reserve.
  4. Junte as lascas de bacalhau, as gemas, o queijo ralado e a mostarda. Retire a cebola e a folha de louro do creme branco e junte-o ao preparado anterior. Mexa para incorporar todos os ingredientes.
  5. Bata as claras em castelo. Devem ficar firmes mas não duras. Incorpore as claras aos poucos na mistura de bacalhau. Deite nas formas, tendo em conta que o soufflé irá crescer (se tudo correr bem!) e leve ao forno quente durante 20 minutos ou até estar dourado. Durante a cozedura não abra a porta do forno.
  6. Sirva com uma salada. Funciona bem como prato principal ou como entrada. Também pode utilizar sobras de pescada, ou outro peixe que queira aproveitar.
  7. Deixe-se apanhar distraído...não há nada melhor!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Rivers Of Love


Há alguns anos que tracei a capa negra da saudade. Aprendi a manter à distância as amizades que outrora foram construídas de proximidade. Aceitei não viver por perto, não conversar ou ir ao cinema, não trocar confidências diárias. Resignei-me ao convívio de vez em quando, aos telefonemas de ocasião, aos encontros de hora marcada com aqueles que eram os amigos de todos os dias. Tracei e capa e vim embora. Saudosa, mas feliz. Na mala carreguei as memórias vivas de um pedaço da vida e uma única certeza: a de ter feito Grandes Amigos. Amigos que não vivem só do dia-a-dia, do jantar de sábado, do dia de festa. Amigos de diálogo interrompido que se retoma a qualquer hora, em qualquer circunstância, em qualquer dias destes. Amigos de sorriso franco e gargalhada pronta. Amigos de inteligência reconhecida e de espírito elevado. Amigos de gostos afins e crenças comuns. Acredito nessas Grandes Amizades, em que não há superiores e inferiores, há admiração , afecto e estima. Acredito nesses rios de amizade que nos acompanham ao longo da vida. Espero que vocês acreditem nestas Amizades também!


MIL FOLHAS DE MANGA E LARANJA
Tempo de preparação: 25 minutos;
Serve: 4 pessoas;

  • 1 placa de massa folhada;
  • 1 manga;
  • casca de 1 laranja;
  • 3 gemas;
  • 25 ml de leite;
  • 25 gr de farinha maizena;
  • 50 gr açúcar ;
  • 1 pitada de noz moscada;
  • 1 colher chá de canela;
  • 1 colher de sopa de açúcar em pó;
Modo de preparação:
  1. Pré-aqueça o forno a 180 Cº. Forre um tabuleiro para ir ao forno com uma folha de papel vegetal. Numa superficie de trabalho limpa estique a massa folhada e corte em círculos. Disponha os circulos no tabuleiro e polvilhe os circulos com açucar e canela. Cubra com ourra folha de papel vegetal e coloque outro tabuleiro em cima dos circulos de massa folhada (isto impede que a massa folhe demasiado). Leve ao forno cerca de 20 minutos ou até a massa estar dourada e folhada.
  2. Entretanto, leve o leite com a casca de laranja ao lume e deixe levantar fervura. Reserve.
  3. Numa tijela, bata as gemas com o açucar e depois incorpore a farinha, sem deixar de bater. Por fim, junte o leite fervido. 
  4. Volte a levar ao lume brando e, sempre sem deixar de mexer, deixe ferver até atingir a espessura desejada.
  5. Corte a manga em cubos.
  6. Para servir, coloque uma duas camadas de bolacha de massa folhada, uma colher de chá de creme, e cubos de manga. Termine com uma bolacha de massa folhada e polvilhe com açucar.

[NOTA: Um dos meus Blogues Favoritos completa 3 anos este mês. Uma Amizade Espiritual e Virtual que eu não podia deixar de felicitar. A Moira é uma cozinheira de mão-cheia, um talento reconhecido que eu admiro muito. Inspira-me diariamente a cozinhar  e hoje inspirou-me a escrever sobre Grandes Amizades. Espero que ela goste da minha sobremesa!]